A Talidomida chegou ao mercado, pela primeira vez, na Alemanha, em 1957. Foi comercializada como um sedativo e hipnótico, com poucos efeitos colaterais. A indústria farmacêutica que a desenvolveu acreditou que o medicamento era seguro e propício para ser prescrito às mulheres grávidas, para combater enjôos maternais.Foi rapidamente prescrito a milhares de mulheres grávidas espalhadas por 46 países, inclusive no Brasil. Os procedimentos de testes de drogas naquela época eram muito menos rígidos e, por isso, os testes feitos com a talidomida não revelaram todos os seus possíveis efeitos em fetos humanos. No final dos anos 60, foram descritos na Alemanha, Reino Unido e Austrália os primeiros casos de mal congênito associados a essa substância, onde crianças passaram a nascer com defeitos físicos. Em 1962, quando já havia mais de 10.000 casos de defeitos congênitos pelo uso da talidomida, é que esse fármaco foi removido da lista de remédios indicados. Por um longo tempo, a talidomida foi associada a um dos mais horríveis acidentes médicos da história. Para reparar este dano moral, o Congresso Nacional sancionou a Lei nº. 12.190, de 13 de janeiro do corrente ano, concedendo indenização às pessoas com deficiência física decorrente do uso desta substância. Com o apoio do Prefeito, a Assistente Social do DADS estará atendendo esses casos e encaminhando os processos para requisição deste benefício junto aos órgãos federais.