De repente, aquela lata vazia de tinta transformou-se numa aconchegante e graciosa “casinha para gatos”. Caixas de papelão e outros materiais recicláveis viraram brinquedos; palitos de sorvete juntos e temos luminárias.
Tudo isso é resultado do projeto de empreendedorismo nas escolas públicas municipais. Implantado pela administração no início de 2017 por meio de um convênio junto ao SEBRAE, o projeto Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP) desenvolve, por meio de ações interdisciplinares, o comportamento empreendedor dos alunos.
Antes de pensarmos na educação empreendedora, precisamos entender as premissas que tratam o assunto. Para começar, não podemos pensar o empreendedorismo como uma disciplina isolada. E é partir daí que surge a denominação de “ação interdisciplinar”, justamente por se tratar de um campo de estudo que pode ser aplicado em diferentes setores da vida profissional e pessoal.
A educação empreendedora vai procurar meios de valorizar o todo que envolve uma escola. Incentivando a criatividade e proporcionando o desenvolvimento de todo o grupo escolar, desde alunos, passando pelos pais, até professores e funcionários da instituição. Com base na educação empreendedora, a escola trará novas proposições para o ensino. No início, o empreendedor tinha como função inovar para lucrar, ou seja, era uma pessoa que usava sua criatividade para gerir e identificar as melhores oportunidades dentro do mercado de trabalho. Depois de muita reflexão o foco passou a ser as pessoas e seu desenvolvimento como ser humano dentro de um meio social.
É com a união dessas duas bases teóricas que surge o que se entende hoje como empreendedorismo educacional. Dentro dessa ampliação do termo, a escola passa a ter papel fundamental na educação empreendedora. Portanto, durante o período de estudos, todo o grupo escolar terá a oportunidade de desenvolver diferentes competências que vão transformar os modos de ensino visando o sucesso de todos.